Prezado Senhor Presidente da CBBOL, César Maciel

Lendo sua mensagem, pois assim encarei tal comunicado, a respeito da não participação da Federação Catarinense de Boliche no Brasileiro de Seleções, venho dar-lhe as devidas e corretas explicações.

Ninguém no Brasil luta tanto para o crescimento do Boliche nacional como a minha pessoa. Em todas as federações por onde passei, e não foram poucas. E até mesmo quando fiz parte do quadro da antiga Diretoria de Boliche da CBDT com Sub-Diretor, incentivei e incentivo à participação dos atletas locais nos torneios nacionais. Mesmo não concordando com esta ou aquela política de gerenciamento de nosso esporte. Pois sou justo quanto ao fato do Esporte Boliche não ter e não merecer que idéias particulares se misturem com a essência desta atividade desportiva. O Esporte de Boliche está acima de todos nós.

Venho travando uma batalha árdua na FECBOL desde que assumi sua gerência ano passado. Nossos atletas são na maioria jogadores de Bolão que migraram para o Boliche. Por um bom/excelente tempo obtive sucesso nas ligas que implantei em algumas cidades por aqui. Não há uma cidade com um grande número de jogadores. O que dificulta e muito o trabalho.

Por um bom período, consegui incutir na mente de alguns a idéia de participar dos eventos nacionais. Tivemos sucessos individuais e equipes. Sem medo de errar, eu consegui provocar uma evolução técnica em um bom número de jogadores. Contudo, as dificuldades financeiras e a falta de tradição do Boliche como esporte, fez pesar ainda mais na evasão de jogadores. Mesmo nossas Ligas, se esvaziaram.

Essa gente catarinense, é uma gente dedicada ao seu trabalho. Muitas vezes, trabalho este que lhes ocupa a maior parte de seu tempo. Alguns, como os juvenis, estão em colégios e faculdades. E são muito dedicados a isso. A grande distância entre nossas cidades e as sedes dos torneios nacionais, aliadas ao fator financeiro de hospedagem e deslocamento, mais o valor das inscrições - e devemos lembrar, que temos um grande número de jogadores de uma mesma família, o que faz estes fatores financeiros pesarem e muito na decisão de sair para jogarem um torneio.

O fato de eu ter sido candidato à presidência da CBBOL, não é, e não poder ser vinculado com o meu empenho ou falta de, em fazer nossos jogadores participarem de torneios nacionais. Mesmo sendo um destes o Brasileiro de Seleções.

Creio que o Senhor, como Presidente da entidade máxima de nosso esporte, deve ter em sua mesa os números de atletas participantes nos torneios nacionais durante este ano. Segundo já foi publicado por meios competentes, esta participação tem caído e muito neste ano. E não faço parte destas demais federações.

Pelo contrário! Venho tentando fazer com que todos voltem a jogar. Contudo, a árdua batalha não se finda. E por mais que eu faça, faltam-me argumentos para assegurar o meu sucesso nesta batalha, ao menos no momento. E quero lembrar aqui, que sempre fiz o meu trabalho nesta federação, sem nenhum apoio de qualquer outra entidade nacional ou pessoa externa. Apenas com a boa vontade de alguns poucos atletas daqui. Como o caso de Celso Feltrin e Amilton Silva, que abriram os caminhos para que eu pudesse fazer o meu solitário trabalho.

Eu não sou merecedor deste "puxão de orelha" que me foi dado em sua mensagem. Pois ainda não tive o prazer de ter a presença de qualquer autoridade da CBBOL aqui em Terras de Santa Catarina, ou mesmo ter sido questionado durante todo o ano das dificuldades, projetos, idéias, etc. Que tenho por aqui. Pelo contrário. Eu mesmo já lhe contatei via telefone e pessoalmente, para explanar as minhas idéias, projetos e dificuldades que vejo no tocante ao Boliche em todo o Brasil. E não fui merecedor de um retorno do senhor.

Aqui fico eu. Em meu "cantinho mágico" na "Terra da Magia". Quem sabe a Santa Catarina abençoe-me com melhor sorte nos dias que se aproximam!

Vale lembrar, que as dificuldades em reunir uma equipe são tão grandes por aqui, que o atleta Celso Feltrin jogará pela seleção do Paraná, e eu jogarei a Taça Brasil de Tercetos.

Eu estarei sempre ao seu dispor para ajudar o Espore de Boliche em tudo que estiver ao meu alcance.

Com Nobreza

Florianópolis, SC, 29 de novembro de 2001.

Augustolomeu Augusto Dias
Tel. (48) 225-2252 (Fpolis)
(11) 215-5754 (São Paulo)

 

[ VOLTAR ]

[ TOPO ]