Boliche - Esporte e Comércio

(Um abismo que nos separa)

Pois é meu Povo! Muitos vêm à mim, perguntar-me o que falta para o Esporte Boliche "decolar" dentro de nossas fronteiras tupiniquins. E depois de muito pensar, lembrar de alguns fatos, e de outros momentos de reflexão, algumas respostas afloraram em minha mente.

Primeiro, quero relembrar alguns e dar conhecimento a outros, que o Esporte Boliche nasceu e se desenvolveu nos EUA, com a união das casas de boliche e dos jogadores. Assim, pode-se regulamentar as regras e oficializar as medidas de pinos e pistas.

União essa que não copiamos. Pelo contrário,  o que há aqui é uma quase total desunião entre o esporte e o comércio.

Por mais que alguma casa de boliche tenha a boa vontade de ceder suas pistas, ou abra suas casas para torneios e campeonatos, só isso não basta.

Necessitamos de uma união real entre o esporte e o comércio. Precisamos criar ações em conjunto. Levar aos donos de casas de boliche, que é ruim esse abismo. Se o Esporte Boliche não for bem, o comércio boliche também não irá. É fácil todos notarem isso. Basta lembrar da crise que as casas de boliche estão passando, e já passaram nos últimos anos.

Parar de pensar pequeno, e pensar grande. Como eu disse na reunião entre a CBBOL, algumas federações e FPBOL durante o Brasileiro de Duplas, precisamos descentralizar nossas ações. É a única hora em que dividir faz multiplicar.

Dividir entre as casas os jogadores de boliche. Colocar em cada casa um organizador de eventos, e um instrutor de boliche - que não precisa ser um expert, apenas um instrutor básico, para iniciantes.

Está tudo errado nessa ansiedade de - e aqui falo de São Paulo principalmente, por ter o maior número de casas de boliche - querer "pegar todos" ou o maior número de atletas para um lugar só.

A idéia correta, é simples. Criar ligas em cada centro de boliche. Fazer que os proprietários dessas casas vislumbrem a certeza de que jogador de boliche também dá lucro, que torneio também dá lucro. POde até ser, que o torneio em si não dê. Mas está errado quem pensa que um evento desse não pode trazer mais adeptos á estas casas.

Eu mesmo já verifiquei que jogador freqüente é lucrativo para a casa. Vi isso acontecer em 1998 e 1999 no ABC paulista, e fiz isso acontecer, recentemente em Blumenau. Quando em menos de um mês, consegui reunir mais de 14 jogadores, numa cidade pequena. Imaginem numa grande cidade como São Paulo ...

Nas cidades menores, é muito mais fácil conseguir a mídia, o que ajuda, não só o esporte, mas também o comércio. Temos que fazer acontecer do pequeno centro para o grande centro. Onde as TV's e jornais são mais acessíveis que nas cidades grandes.

É uma pena, que o ego de alguns são maiores que suas inteligências. E só prejudicam o esporte.

Com essas três idéias simples, será fácil diminuir o abismo entre o Esporte Boliche e o comércio boliche. Há outras, mas não cabe aqui declarar.

Eu sempre fui contra o modelo de organização de nosso esporte no Brasil. Boliche é um esporte essencialmente individual. Por isso, não me agrada a idéia de nos reunirmos em clubes e federações. Até porquê, muitos desses tais clubes só existem no papel. Para cumprir uma exigência legal.

Enquanto isso, os jogadores na sua maioria não são ouvidos por seus dirigentes. Isso eu chamo de surdez legal. Mas não é legítima.

Mas cabe a cada um de vocês jogadores, exigir uma organização melhor, dirigentes melhores, torneios melhores, conhecimentos melhores e ações melhores.

Jogo que segue...!

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