Tradução: Bira Teodoro (Colaboração: Bruno Caravello, que sugeriu a publicação deste artigo e ajudou na tradução e, também, André José Adler, comentarista da ESPN, que fez correções e tradução de alguns parágrafos). Para ver o artigo original, clique aqui.

Extraído do
tom_clark.gif (5484 bytes)
Tom Clark é editor de golfe e tênis no USA TODAY. Sua coluna semanal de Boliche para o USA TODAY.com sai às terças-feiras. Seu e-mail é tclark@usatoday.com
Encontrando diversões terapêuticas em um dia nas pistas.

Fui jogar Boliche sexta-feira.

Após dias fixado na CNN, procurando respostas, batalhando frustração, fracasso e horror, finalmente eu fui jogar boliche.

E foi bom.

Havia apenas algumas pessoas nas pistas. Numa das laterais do boliche, uma mãe estava dando  uma festa de aniversário no boliche, com um grupo de garotinhas  de 8 anos de idade, usando rabos-de-cavalo. Algumas pistas distantes da minha, um grupo de senhores idosos tentavam derrubar os 10 pinos e trocavam histórias sobre suas vidas.

Um jovem casal de namorados pegava as bolas da casa que melhor se ajustavam aos seus dedos e tamanhos, e então jogavam algumas partidas. Não se importavam com a contagem dos pontos, apenas namoravam e se divertiam
.
No restaurante/bar, um cara com um enorme chapéu de vaqueiro bebericava seu drinque.

Nessa época de distúrbios em nosso país, quando as coisas não estão como de costume, o que é melhor do que um Boliche para uma fotografia da América?

Que lugar melhor para se desligar, fazer parte de um jogo desafiador o bastante para ser um esporte e relembrar épocas mais simples. É barato, é um ótimo lugar para encontrar pessoas de todos os tipos e sempre é possível encontrar um centro decente de Boliche não muito longe de sua casa.

Curiosamente, nunca fui a um centro de Boliche que não tivesse batatas fritas deliciosas.

Ao contrário da maioria dos esportes, o Boliche não exclui ninguém. Qualquer que seja o tamanho, forma, idade, raça, religião ou condição econômica, todos podem praticá-lo.

Eu não estou tentando ser um romântico exagerado ou piegas. Isso é o boliche. É o que é. E é o que nesse momento traz boas sensações.

O esporte Boliche tem dois objetivos: um é o recreativo e o outro é o competitivo.

Sexta-feira, eu apreciei o Boliche como recreação.

Nesta terça-feira as 20h o alto nível do lado competitivo do Boliche retorna a ESPN com o Tour da PBA, etapa do Peoria Open. Será a apresentação da "nova" PBA. Esse novo começo deveria ter acontecido na última semana em Wichita mas, como a maioria dos esportes, foi adiado devido aos ataques terroristas.

Após uma longa pausa e reformulações sob a liderança da nova direção, o retorno deste novo Tour vem sendo esperado com ansiedade. E com todos os sinais positivos.

A transformação da PBA ocorreu por causa do pessoal (ex-Microsoft e Nike) que assumiu esse esporte para valer, fazendo coisas realmente notáveis num curto período de tempo. Analisaram o que poderiam fazer para minimizar os fatores negativos e acentuar os positivos, e simplesmente fizeram acontecer.

> Aumentaram substancialmente o valor dos prêmios. O campeão desta semana leva $40.000, mais que o dobro do que no ano passado.

> Criaram uma temporada completa, que vai de setembro/2001 a março/2002, culminando nos "Tournament of Champions".

> Confirmaram uma programação consistente da transmissão pela televisão, através de um contrato a longo prazo com a ESPN. Os novos comerciais que promovem o esporte e o programa estão com veiculação intensa na rede esportiva.

> Implantarão novas estratégias para apresentar o esporte na televisão, com gráficos, informação da rotação da bola, velocidade, tábua e seta da jogada.

> Desenvolveram um novo formato de competição, que incorpora o melhor do esporte com maiores chances de emoção. O novo formato, que será decidido na "morte-súbita" nos Jogos Finais e pistas com óleo "honesto", reduz alguns problemas de nuance do esporte, incluindo o condicionamento de pista que poderia favorecer destros ou canhotos.

De imediato, o novo Tour está fazendo tudo o que pode para tirar o Boliche dos anos de irrelevância.

Existem pontos desse assunto que serão abordados neste espaço nas próximas semanas, mas agora assistiremos com muita atenção.

Desejamos que nesta nova fase do Boliche, um jogador que assuma este novo formato e siga além dos novos dólares com intensidade e habilidade ilimitadas.

Earl Anthony ainda é o grande nome do Boliche norte-americano, embora não participasse mais do Tour desde os anos 80 e que morreu prematuramente neste verão. Um novo Earl Anthony emergirá neste novo Tour.

Assim, estarei atento nesta terça-feira. Tentarei pegar algumas dicas dos profissionais. Irei analisar o condicionamento das pistas, decidir quem está jogando corretamente, quem parece perdido e quem conseguiu um brilho extraordinário, ao menos por uma semana.

Irei assistir como uma distração da CNN.

Você está procurando por diversão ou distração hoje?

Vá ao boliche. Fale com algumas pessoas de lá. Tente fazer um "strike". Comece com batatas fritas.

 

[ TOPO ]