Um duro golpe no boliche nacional. Mais um
...
O que alguns esperavam, e muitos não queriam, aconteceu: o III Ebonite
Brazilian Open foi cancelado. Os organizadores enfrentaram muitas dificuldades durante
este ano, desde a alta descontrolada do dólar até o confuso calendário de eventos
nacionais. Várias obstáculos foram superados ou contornados, porém isso não foi
suficiente para manter os compromissos mínimos para a realização de um evento
internacional desse porte.
Uma das poucas iniciativas particulares (para não dizer a única) que realmente
incentivam o desenvolvimento e aperfeiçoamento do boliche brasileiro, através do
intercâmbio com jogadores internacionais de alto nível, sem falar na maior premiação
de todos os tempos oferecida aos participantes, associada à distribuição de bolas de
última geração.
O condicionamento técnico do III Ebonite Brazilian Open sempre esteve muito acima das
sofríveis tentativas experimentais tupiniquins. O "Ebonite Open", juntamente
com ö pioneiro "Brasil Carnaval Storm Open", mostrou a todos o caminho para o
real aperfeiçoamento técnico, inclusive com a aplicação de óleo e limpeza de pistas
com a mais avançada máquina do mercado.
Foram sementes plantadas em solo árido e pobre, que vão continuar incubadas até que
mudanças ocorram pois, ao invés de farta irrigação e tratamento adequado do solo, o
que se viu, por parte dos "fazendeiros" de plantão, foram palavras ao vento e
atitudes que inviabilizaram qualquer tentativa de se profissionalizar e elevar o nível do
boliche nacional.
A perda para o boliche nacional é muito mais ampla do que aparenta, considerando que
poucos empresários (para não dizer nenhum) entrariam numa iniciativa particular de alto
risco como essa.
Resta-nos lamentar. Mais uma vez ...
Bira
Teodoro